top of page

Empresas de ônibus na região: Expresso Itaboraí, 1001 e Rio Ita 

03/09/2016

Gilciano Menezes Costa

Fonte: Coleção Carlos Mônaco (UFF)

Ônibus da empresa Auto Viação 1001, indo em direção à região de Venda das Pedras pela avenida 22 de maio. Registro fotográfico da década de 1970, onde é possível perceber a circulação dos transportes coletivos, apesar da precária pavimentação nas proximidades da Avenida [1] .

Em 1968, o empreendedor itaboraiense, Jelson da Costa Antunes, compra a Auto Viação 1001 e incorpora suas outras empresas de transporte a esta [2]. Com esta fusão a empresa 1001 passou de 55 ônibus para aproximadamente 300 [3] . Desta forma, sendo ele já proprietário da empresa de ônibus Expresso Itaboraí, as linhas existentes no município passaram a ser realizadas, já no ano de 1970, pelos ônibus com a nomenclatura da empresa 1001 [4]. 

Neste mesmo ano, reclamações dos moradores de Itaboraí com a perda da qualidade dos serviços desses ônibus eram corriqueiras. Denunciavam que antes da fusão com a empresa 1001 existia concorrência e por isso os ônibus tinham “horário certo” e não “trafegavam superlotados” [5].

Na década de 1980, a Rio Ita Limitada realizou uma série de negociações com Auto Viação 1001 e assumiu as linhas de ônibus existentes em Itaboraí e arredores. Contudo, os investimentos que a nova empresa realizou em suas frotas, não foram suficientes para atender a demanda existente no município. Neste sentido, com o decorrer da década de 90 os problemas com transporte coletivo pioraram na cidade. 

Atualmente, uma parcela expressiva da população de Itaboraí, sobretudo os moradores dos distritos que não têm acesso direto à Avenida 22 de maio, reclamam consideravelmente dos serviços realizados pela Rio Ita na cidade. Longas esperas no ponto, ônibus lotados, altos valores da passagem e o uso de vias públicas para estacionamento dos ônibus da Rio Ita representam as principais insatisfações dos Itaboraienses. Problemas que se desenvolvem cada vez mais devido à falta de fiscalização e a conivência do Poder Público em relação ao fornecimento dos serviços realizados por esta empresa. 
____________________
Fontes e Bibliografia:
[1] Fonte da fotografia: Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres.
[2] Jelson da Costa Antunes nasceu no Pico, em Itaboraí, no ano de 1927 e faleceu na mesma cidade, em 2006, em um acidente de carro no trecho “Niterói-Manilha da BR 101, altura de Manilha”. O Fluminense. Estado perde Jelson Antunes. 02 de agosto de 2006.
[3] As empresas de Jelson da Costa Antunes que fizeram parte da fusão, em 1968, foram: Viação Niterói, Expresso Rio Bonito, Expresso Itaboraí, Transportadora Ivani, Viação São José, Viação São Paulo-Niterói e a Auto Viação 1001. Ver: LIMA, Nélio. Sonhos sobre rodas: a saga dos pioneiros do transporte rodoviário de passageiros no Brasil / Nélio Lima, Antônio Rúbio de Barros Gômara (in memoriam) – Brasília: ABRATI, 2012.
[4] Jornal do Brasil. Transportes. 20 de Março de 1970. 
[5] Idem
____________________
Gilciano Menezes Costa é Doutorando em História Social da Cultura na UFF. Professor de História e Filosofia na Rede Estadual em Itaboraí e Professor de História na Rede municipal de Magé. É autor da Dissertação de Mestrado (UFF) intitulada "A escravidão em Itaboraí: Uma vivência às margens do Rio Macacu (1833-1875)". Disponível em: https://docs.wixstatic.com/ugd/5ada89_277b353622e44d018f55ecdb12aa561a.pdf

bottom of page